Tenho uma irmã que tem um talento maravilhoso em decorar ambientes.
Ela deixa qualquer lugar bonito e acolhedor, chique sem ser
“falso”, prático e ao mesmo tempo cheio de charme.
Outro dia, andando pela rua após uma noite de pizza e
sorvete vimos algumas casas e ela se deparou com uma e exclamou: Essa é
uma casa de vó!
Rimos todos, mas eu fui andando e pensando... até que depois
de analisar bem, falei em voz alta: EU tenho uma casa de vó, gente!
E o que é uma casa de
vó? perguntariam vocês.
Para mim é aquela casa onde as coisas não mudam muito, sabe? Permanecem mais ou menos no mesmo lugar por bastaaaante tempo.
Não foi de propósito que minha casa se tornou uma casa de vó,
lógico! Aliás o motivo é bem outro. Admito que em mim falta o dom que na minha
irmã sobra!!!
Por isso, as coisas por aqui demoram um bocadinho para se
alterarem. Além do que, eu gosto muito de objetos que tenham valor estimativo e me contento e me sinto feliz em olhar para eles dia após dia.
Mas, o interessante é que depois deste episódio comecei a
notar e a me lembrar de como as netinhas se comportam aqui em casa.
Elas chegam e já sabem o lugar das coisas. (Mesmo não vindo
tanto aqui como eu gostaria)
Outro dia, a Anna e a Lia chegaram e enquanto eu dava
atenção ao seu pai, o filho #1, elas já apareceram na sala com as sapatilhas
antiderrapantes que mantenho para uso delas numa gaveta x. Os brinquedos
continuam dispostos onde possam pegar divididos por “categoria” e quando vão
embora já sabem onde e como guardar. E elas fazem tudo isso sem que eu tenha
combinado com elas. É natural a desenvoltura delas por aqui.
O meu quarto é o lugar onde as mais velhas se “escondem” das
mais novas para terem seu momento e o quintal e o entorno da casa é sinônimo de
aventura para as mais novas.
E isso me faz feliz e completa. Pode parecer bobagem, mas
são coisas pequenas assim que me impulsionam, mesmo que o entorno da vida não esteja
ajudando muito. São coisas simples como essas que me fazem acordar e agradecer ao
meu Deus a Sua infinita Graça!
Quero que cada pedacinho do meu lar seja "descoberto" e muito usado
por elas. Afinal, para isso é que serve uma casa de vó! Não é não?
Júlia, Anna, Camila, Lia, Talita e quem mais vier: A casa
não é da vó. É nossa!
Com amor
Voh Nil <><<
Obs.: Que fique claro que também acho que uma casa que muda sempre como a da minha irmã tem suas vantagens. É uma eterna aventura para todos!!! Principalmente porque ela sabe como fazer do seu cantinho um refúgio para quem precisar. Sempre.
Nil... adorei seu texto!
ResponderExcluirEnxerguei a casa da minha mãe, com os olhos da minha sobrinha caçula, que no início desse mês apresentou o TCC pela FAU. Ela elaborou um livro intitulado: "Casa de Vó", baseado no apartamento da vó, em Poços. Vou te mandar o link.
Que bom que gostou! Que linda coincidência, não? Vou ler! bjs <><<
ExcluirQue lindo,Nil!!!
ResponderExcluirVerdade,casa de vo é aquela que “abraça”os netos quando chegam,que tem aquele gostinho de “Ah!queria ficar mais...”,sua casa é tudo isso,assim como seu coração!!!
Linda! Obrigada por me ensinar um pouquinho da arte de acolher! Bjbj
ExcluirA minha casa é um pouco mais caótica ou os objetos ficam anos no mesmo lugar. Enfim netos gostam. É o que interessa.
ResponderExcluirSempre, Rosely, sempre!!! Bjs
ExcluirLinda...quero ser parecida com você, eu for avó..!
ResponderExcluirQuando eu for avó...quero muito ser parecida com você..! Maravilhosa!!!
ResponderExcluirSeu nome não saiu aqui! Quem é vc?? Hahaha
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