Ser avoh...

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Minha irmã Melinha postou: "Esperando feliz o novo membro da familia que tá chegando daqui uns meses..." e me inspirou à criação desta página.

domingo, 30 de outubro de 2016

MARQUINHAS NA PAREDE


Faz tempo que minhas paredes pararam de ter marcas de mãos. Principalmente a 60 cm do chão!



No domingo passado tivemos aqui em casa o almoço de Ação de Graças e duas pessoinhas ainda hesitantes nos degraus, deixaram marquinhas no batente da porta.
Hoje, ao dar uma geral na casa para o fim de semana, me deparei com aquelas marquinhas tão baixinhas  e me veio à mente as duas, Camila e Lia,  de lá pra cá, de cá pra lá, explorando e querendo fazer parte de tudo. E cada vez que iam em direção ao degrau eu dizia: Segura! Olha o degrau!
E o resultado foi esse. Eu aqui, feliz da vida, agradecendo ao meu Deus por essas menininhas que enchem minha vida de amor e alegria.

Nesse mesmo dia, Juju e Anna, as mais velhas, na maior parceria se escondiam no meu quarto onde já sabem onde estão as coisas boas de brincar. 
Os lápis da vó Nil viram varinhas de condão e elas saem atirando feitiços de sapo do alto da escada em quem estiver na mira. Os bancos de dinheirinho também se encontram nesse espaço reservado. Ali, bichinhos das pecinhas do jogo de memória viram clientes dos bancos das meninas que emprestam a fundo perdido até que se esgotem as reservas ou a paciência de uma delas. Ah! Essa brincadeira também precisa da vó que faz as falas dos clientes em apuros financeiros.

Falando em Ação de Graças, como ainda estou a meio mastro com a recuperação do meu pé quebrado, pude perceber o quanto a família está unida e “confortável”.

Sonhei e orei para que isso acontecesse. Para que o amor entre nós fosse algo espontâneo e verdadeiro. Que a verdadeira INCLUSÃO em que acredito fosse real entre os meus e que cada um respeitasse as diferenças como algo natural e saudável em nossas vidas.

E como a cereja do sundae recebo um email da nora #1 dias depois do almoço e uma frase me fez ver que vale a pena entregar tudo nas mãos de quem sabe e pode fazer: “Sua casa sempre é um local de refúgio e paz...”

Glórias a Ele!

Com amor

Voh Nil <><<
  

PS. A mãozinha da ilustração é da tia Lalá quando tinha 2 aninhos e também deixava marquinhas na parede!

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

LAÇOS



Duas das minhas netinhas moram aqui perto e as outras duas no interior.



Essa realidade faz com que a frequência com que elas se vejam, todas juntas, seja bem menor do que a gente gostaria.
Mas graças à boa vontade das noras e dos filhos temos tido alguns momentos muito gostosos de bagunça e interação entre as pequenas.

Julia e Anna, as mais velhas se dão bem sem muitos entretantos. Já estão "mocinhas" (4 e 3 anos, respectivamente) e têm suas preferências. 
Camila e Lia, as caçulas, têm se mostrado generosas e de fácil trato. Estão muito interessadas em aprender tudo desse mundo novo e fascinante! 
E como aprendem! Com que rapidez elas mudam e se desenvolvem!

Em Julho quando fomos almoçar, comemorando o aniversário do pai da Juju, aconteceu algo novo e marcante (pelo menos para mim, voh coruja, encantada, assumida e carimbada):

Lia, a caçula da turma, simplesmente se apaixonou pela prima mais velha. Foi lindo de ver. A pequena estava fascinada com aquela menina  que já sabia falar e fazer muitas outras coisas que ela mesma ainda não dominava e que com doçura e paciência lhe dava atenção e carinho. 
Depois de algumas horas no restaurante seguindo a prima por todos os lados, chegada a hora de ir embora, Lia quis a todo custo que a “prima grande” fosse com ela. Chorando, exigiu que a prima fosse no mesmo carro que ela. Segurou com suas mãozinhas a mão da Julia e não largou até conseguir convencer os adultos de sua vontade. Resultado: foram todos para a casa dos tios e lá passaram mais algumas horas juntas.


Dois meses se passaram mas a paixão da Lia pela Juju não diminuiu. 
Encontraram-se de novo e agora com mais “atitude” a pequena e doce Lia não deixava nem que a Camila, irmã da Juju, tocasse nela: “É meu! É meu!” dizia ela, com cara de brava para tentar assustar quem quisesse tomar dela a prima querida!

Enquanto isso, Camila e  Anna pouco se importaram. Cacá por ser ainda pequena e não ter percebido , creio eu,  o que se passava. Estava mais interessada em outras coisas como aprender a encantar a gente com seu charme. Anna, muito na dela, mantendo-se a uma distância segura da confusão (esperta essa menina...).   

Lembro-me das férias de minha infância quando todos os primos se encontravam na casa da vó Tuti. 
Muitas vezes brigas e “discussões” surgiam mas nunca foi preciso que nenhum adulto interferisse no relacionamento entre nós. As coisas se ajeitavam e no final das férias as lágrimas sentidas mostravam o quanto a gente se amava apesar de tudo!
Hoje com a internet resgatamos o contato com os primos “do interior” e tem sido muito gostoso ver através das mensagens sérias e das piadas o quanto cada um mudou e principalmente o quanto NÂO mudamos.

Sei que nem tudo serão flores, porém espero e peço ao Pai que minhas netinhas (e quem mais chegar) tenham a oportunidade  e a bênção de criar laços de amor e de família.

Primos e primas. Coisa boa.

Com amor


voh Nil <><<