Ser avoh...

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Minha irmã Melinha postou: "Esperando feliz o novo membro da familia que tá chegando daqui uns meses..." e me inspirou à criação desta página.

terça-feira, 3 de agosto de 2021

CRIANDO MEMÓRIAS...

Recebi de uma amiga o Trabalho de Conclusão de Curso de uma sobrinha dela. Estudante de Arquitetura, ela revisitou a casa da sua avó e fez um lindo trabalho incluindo um registro gráfico que me remeteu, sem querer, à casa da minha própria avó.

No final, o TCC propriamente dito, com muitas citações interessantes e poéticas tocou meu coração de uma forma tão funda que comecei a pensar nas memórias afetivas que a gente vai criando ao correr do tempo. Vamos criando sem programar ou calcular o quanto isso vai afetar a nós e aos outros. 

Eu falei sem programar? 

Huummm....  Normalmente, sim. Mas com uma avó que eu conheci, , isso não era bem assim. Se existisse uma faculdade de "Criadora de memórias" Dona Dorcas, minha mãe, seria PhD! Ah, seria!

Um ano eram as luzes espalhadas pela casa num Natal cheio de brilho e cor. Na Páscoa eram as caças ao tesouro dos ovos coloridos e colocados em pontos estratégicos para que todos os netos conseguissem achar. Apesar da nossa resistência, ela insistia que as crianças fossem à Bossoroca ( mini Grand Canyon em Casa Branca) e se enlameassem até dizer chega, o que fazia com que, invariavelmente, as roupas tivessem que ser descartadas pois a cor do barro impregnado não saía de jeito nenhum! Festas surpresa e playground no quintal tínhamos também. 

Muitas memórias afetivas dos meu filhos foram criadas a partir daqueles momentos "programados" por ela. 

Como o  fruto não cai longe do pé acabei me tornando um pouco assim. (Digo um pouco porque ela era realmente hors concours nessa arte!)

Invento maneiras de fazer com que as coisas sejam memoráveis. Algumas dão certo, outras não. Algumas consigo, outras não. (Aqui um parênteses para falar da Semana da Vovó que me foi surrupiada, com muita propriedade, pela Bia nestas férias tornando-se a mais memorável Semana da Titia em Batatais!) 

Mas sigo tentando enquanto as forças ainda não me abandonaram.

Isso me dá trabalho? Sim, dá. 

Isso me dá prazer? Muito!!!!

Na esperança de que nossa casa e aquilo que vivemos aqui com nossos filhos e suas famílias sejam transformados em memórias cheias de afeto para eles assim como são para mim.


com amor

vovó Nil <><< 



segunda-feira, 22 de março de 2021

CASA DE VÓ...

 

 


Tenho uma irmã que tem um talento  maravilhoso em decorar ambientes.

Ela deixa qualquer lugar bonito e acolhedor, chique sem ser “falso”, prático e ao mesmo tempo cheio de charme.

Outro dia, andando pela rua após uma noite de pizza e sorvete vimos algumas casas e ela se deparou com uma e exclamou: Essa é uma casa de vó!

Rimos todos, mas eu fui andando e pensando... até que depois de analisar bem, falei em voz alta: EU tenho uma casa de vó, gente!

E o que é  uma casa de vó? perguntariam vocês.

Para mim é  aquela casa onde as coisas não mudam muito, sabe?  Permanecem mais ou menos no mesmo lugar por bastaaaante tempo.

Não foi de propósito que minha casa se tornou uma casa de vó, lógico! Aliás o motivo é bem outro.  Admito que em mim falta o dom que na minha irmã sobra!!!

Por isso, as coisas por aqui demoram um bocadinho para se alterarem. Além do que, eu gosto muito de objetos que tenham valor estimativo  e me contento e me sinto feliz em olhar para eles dia após dia.

Mas, o interessante é que depois deste episódio comecei a notar e a me lembrar de como as netinhas se comportam aqui em casa.

Elas chegam e já sabem o lugar das coisas. (Mesmo não vindo tanto aqui como eu gostaria)

Outro dia, a Anna e a Lia chegaram e enquanto eu dava atenção ao seu pai, o filho #1, elas já apareceram na sala com as sapatilhas antiderrapantes que mantenho para uso delas numa gaveta x. Os brinquedos continuam dispostos onde possam pegar divididos por “categoria” e quando vão embora já sabem onde e como guardar. E elas fazem tudo isso sem que eu tenha combinado com elas. É natural a desenvoltura delas por aqui.

O meu quarto é o lugar onde as mais velhas se “escondem” das mais novas para terem seu momento e o quintal e o entorno da casa é sinônimo de aventura para as mais novas.

E isso me faz feliz e completa. Pode parecer bobagem, mas são coisas pequenas assim que me impulsionam, mesmo que o entorno da vida não esteja ajudando muito. São coisas simples como essas que me fazem acordar e agradecer ao meu Deus a Sua infinita Graça!

Quero que cada pedacinho do meu lar seja "descoberto" e muito usado por elas. Afinal, para isso é que serve uma casa de vó! Não é não? 

Júlia, Anna, Camila, Lia, Talita e quem mais vier: A casa não é da vó. É nossa!

Com amor

Voh Nil <><<


Obs.: Que fique claro que também acho que uma casa que muda sempre como a da minha irmã tem suas vantagens. É uma eterna aventura para todos!!! Principalmente porque ela sabe como fazer do seu cantinho um refúgio para quem precisar. Sempre.

domingo, 14 de fevereiro de 2021

FLASH BACK...

O ano de 2021 começou. 

Na verdade já estamos no feriado de Carnaval (só que sem ele!)

                                           

Muitas discussões em relação à pandemia que assola este pequeno e estranho mundo. Muitas expectativas com relação à esperada vacina contra a doença que mudou a face do planeta e o nosso comportamento e relações profissionais e pessoais. 

Quem vai tomar primeiro? 

Vai ter pra todo mundo? 

Vamos virar jacaré? 

E por aí vai...

Mas, na medida do possível, tenho tentado me resguardar. Mais do que física, mental e emocionalmente. 

Tudo isso vai passar e espero, de coração, poder aproveitar ainda bons momentos com minha família, meus filhos e netas. Se Deus assim quiser e permitir! Como diria minha mãe...

Mas, falando em flashback. 

Dando uma limpada no celular vejo umas anotações que fiz sobre a Anna e a Lia quando estiveram aqui em casa há algum tempo. 

Me lembro que elas estavam brincando de escolinha onde a Lia (5 anos) era a professora e a Anna (7 anos) era a aluna. 

Lia havia passado algumas tarefas para a Anna e agora estava corrigindo-as:

Lia   _ Anna, como é o 10? Anna!! Como é o 10?!

E a Anna responde: _ Assim, ó! (mostrando como se escreve o número) Por que?

Lia  _ É porque vou te dar nota 10 e preciso saber como escreve!!! 

Noutro momento a "professora" coloca a aluna de castigo:

Lia  _ Anna, você está de castigo!!! Vai ficar sem.... Vai ter que comer....cenoura!!!

Anna_ Eu gosto de cenoura!

Lia  _ Ah.... então....

E acaba ali a tentativa de castigo.

Vamos sair e eu digo:

_ Meninas, a vovó vai se aprontar!

Lia  _ Anna, a vovó vai aprontar uma pra gente!!!

E numa conversa eu digo: 

_ Nesse caso a vovó não é importante... 

E a Anna mais que depressa me corrige: 

_ Você que tá dizendo! 


Por essas e por outras, continuo por aqui registrando aquilo que me faz bem. Que me faz lembrar do quanto sou abençoada por tê-las em minha vida.

Elas me fazem rir, me fazem chorar, me ensinam e me fazem pensar naquilo que é importante e perene:

 O AMOR!. 

LIVRE, LEVE e SOLTO como só o amor de vó pode ser!


Netinhas, a voh Nil ama vocês!

Obrigada por fazerem minha vida cor de rosa!!!!


com amor

voh Nil <><<